quinta-feira, 22 de março de 2012
PORQUE SOMOS PROVADOS
Introdução
Há muitos anos ouvi numa reunião de oração, dirigida por adolescentes, a
leitura de um pensamento que me tem feito pensar: "Se não fossem as
provações, a igreja estaria cheia de hipócritas".
Deus permite que sejamos provados através das tentações até o limite em que
podemos suportar (1 Co 10.13). Do lado do diabo, ele pretende destruir nossas
vidas pelas provações, mas Deus nos prova para que sejamos aprovados, maduros,
frutíferos. Para que Pedro pudesse fortalecer os irmãos, Deus permitiu que ele
fosse joeirado como trigo (Lc 22.31-32).
Somos confortados com a verdade de que Deus é fiel e não permitirá que sejamos
provados além das nossas forças. Ele provê uma saída triunfal das provações.
Por isso, estamos iniciando hoje uma série de mensagens sob o tema geral:
Vivendo no limite de Deus.
As tentações são inevitáveis (Jo 17.15), e até mesmo desejáveis, pois quando
perseveramos nas provações somos aprovados e recompensados (Tg 1.12). Por isso,
Jesus nos ensinou a orar diariamente para não cairmos em tentação. É uma oração
preventiva. Sendo assim, qual o propósito de Deus em relação às provações que
enfrentamos como crentes?
1º - AS PROVAÇÕES REVELAM AS PROVISÕES DA
GRAÇA DE DEUS - 1 Co 10.1-4.
Paulo fala sobre as provisões de Deus para o povo de Israel em sua caminhada no
deserto rumo à terra prometida (10.1-4). A experiência do deserto era
necessária como provação para o povo de Deus (Dt 8.2-4). A disciplina de Deus
em nossa vida é expressão do seu amor paternal (Dt 8.5).
O texto fala do maná que desceu do céu (Ex 16.35) e da água que brotou da rocha
(Ex 17.6). Para saciar a fome no deserto só pela providência divina. Deus
permite experiências semelhantes hoje para que possamos reconhecer que dele
procedem toda a boa dádiva e todo o dom perfeito (Tg 1.17). Só Jesus pode
saciar a alma dos famintos e sedentos (Mt 5.6; João 6.32-35).
Por mais difíceis que sejam as provações, quando perserveramos nelas aprendemos
que a graça é suficiente e de que somos fortes na fraqueza (2 Co 12.7-10), como
aprendeu Paulo!
2º - AS PROVAÇÕES REVELAM E REPROVAM A
INCREDULIDADE - 10. 5-11
Todos passaram pelas mesmas provações e receberam as mesmas bênçãos. Mas Deus
não se agradou da maioria deles (10.5) e por isso não chegaram à terra
prometida, mas ficaram prostrados no deserto (Nm 14.29-30). O texto nos adverte
quanto às conseqüências da rebeldia e da incredulidade (10.6, 11)! Façamos
parte da minoria crente, como Calebe e Josué, os únicos daquela geração que
saiu do Egito e que entraram em Canaã. Os demais, que entraram, nasceram no
deserto! A incredulidade e rebeldia nos privam das bênçãos e fazem os nossos
filhos amargar os sofrimentos do deserto!
A incredulidade e rebeldia se manifestaram e se manifestam em (1) cobiça (10.6;
Nm 11.4), (2) idolatria (10.7; Ex 32.4-6), (3) imoralidade (10.8; Nm 25.1-18),
(4) atitude de provar a Deus (10.9; Nm 21.5-6) e (5) murmuração (10.10; Nm
16.41, 49).
Foi por essas atitudes de rebelião e incredulidade que a maioria ficou
prostrada no deserto! Esses fatos estão registrados como advertência para nós
hoje (10.6 e 11). O nosso Deus é amoroso, mas é igualmente justo!
A incredulidade desonra Deus e Deus desonra a incredulidade!
3º - AS PROVAÇÕES REVELAM E APROVAM A FÉ NO DEUS VIVO
Os crentes são exortados à vigilância para que permaneçam de pé e não caiam
(10.12). As tentações (provações) são comuns a todos os seres humanos. A
fidelidade de Deus não permite que sejamos tentados além do nosso limite, mas
provê para nós uma saída vitoriosa! (10.13)!!!
A perseverança na fé em meios às provações nos faz felizes porque, através
delas, somos aprovados e nos tornamos frutíferos (Tg 1.2-4, 12; 1 Pe 1.6-9)
O fogo não destrói o ouro, mas queima as escórias e faz com que ele brilhe
mais! O crisol não destrói a prata, mas faz com que o metal seja revelado mesmo
como prata. O mesmo acontece com o crente. Quando provado, o seu caráter brilha
e ele manifesta a glória de Deus (Pv 17,3; Pv 27.21; Mt 5.16).
A fé honra a Deus e Deus honra a fé!
Conclusão
A Marinha mercante inglesa estava tendo prejuízo porque muitos navios estavam
se afundando por excesso de carga. O parlamento, então, aprovou uma lei que
obrigava cada navio a ter um sinal no casco que indicava o limite de carga. Se
a carga ficava aquém do limite, dava prejuízo por trabalhar com capacidade
ociosa; se ia além do limite, dava prejuízo porque naufragava. Todos deveriam
trabalhar no seu limite. Portanto, quando somos provados no limite de Deus,
tornamo-nos maduros, frutíferos e felizes! Este é o nosso alvo!
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