Ser chamado de "amigo de pecadores", não afeta os modernos seguidores de Jesus. Isso hoje soa quase como uma "ofensa" para muitos. Ser amigo de pecadores é ser amigo dos marginalizados pela sociedade, dos rejeitados, dos discriminados, e todos os que não têm boa reputação. Quantos membros de igrejas se identificam com esse termo na forma como Jesus o era? Muitos que estão na igreja hoje são amigos de pecadores no sentido negativo, ou seja, fazendo e vivendo o estilo pecaminoso daqueles. A grande distinção de Jesus é que ele era "santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus" (Hb 7.26), e mesmo assim amava e ama os pecadores.
João Batista foi menos sociável que Jesus. Ele viveu muito tempo no deserto e não se envolveu tanto com as pessoas. Mas não foi esse o caso de Jesus. Ele entrava e saía de qualquer lugar sem nenhum restrição. Ninguém era desprezível para ele. Jesus não diferenciava as pessoas como temos a tendência de fazer. Ele amava as pessoas de tal modo que elas eram atraídas a ele em multidão para ouvi-lo com prazer. Ele era muito agradável. Prova disso é que os rejeitados, os doentes, as crianças, prostitutas, os fiscais e tantos outros que na época eram vistos com desdém, ficavam à vontade na presença dele. Ele atraía os piores e os transformava nos melhores da sociedade. Ele ainda faz assim hoje, pois veio "buscar e salvar o perdido" (Lc 19.10). Em Jesus a porta está sempre aberta para nós. Ele disse de si mesmo: "Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem" (Jo 10.9).
Jesus foi censurado pelos fariseus e os escribas porque recebia publicanos e pecadores e comia com eles. Ele reagiu contando uma párabola sobre um pastor que deixa noventa e nove ovelhas e sai a procura de uma que havia se perdido. Fala também de uma mulher que tinha dez moedas, mas ao perder uma delas, a procura diligentemente até encontrá-la. Contou também de um filho que saiu de casa gastando toda a herança familiar com uma vida devassa, mas que foi acolhido pelo pai quando voltou para casa arrependido. Assim é o amor de Deus.
Jesus já veio para os pecadores. Agora os pecadores devem vir para Jesus.
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