quinta-feira, 22 de março de 2012
PORTAS DO CÉU
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Crônicas 7.12-16
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Será
que a sua vida e a minha vida são determinadas pela comunhão perene com Deus?
Será que o povo que se chama pelo nome de Deus vive a experiência da comunhão
com Deus? Deus criou o homem para uma comunhão contínua, incessante e constante
com Ele. O pecado separou o homem de Deus. Para restaurar a comunhão com o
homem, Deus deu o primeiro passo: Ele começou esse processo de restauração nos
regenerando e nos transportando para um novo Reino: Ele nos fez idôneos para
participar da herança dos santos na luz, e nos tirou do poder das trevas, e nos
transportou para o reino do seu Filho amado; Col 1.12-13. A pergunta nesta hora,
entretanto não é pelo que Deus já fez, mas pelo que temos feito para usufruir e
participarmos efetivamente desse processo de restauração que Deus quer fazer? O
que vc tem feito para ser parte desse processo de restauração que incluirá a
própria natureza? Rm 8.21.
2
Cron 7.14 nos fala de portas que podem cooperar para esse processo de
restauração divina do crente, da igreja, e da sociedade:
I) A PORTA
DA HUMILDADE
A
marca maior da alienação do homem de Deus está na hybris, no orgulho, que é a
inversão da humildade. A humildade pode ser definida como a atitude que leva a
pessoa a reconhecer suas próprias limitações; a reconhecer-se finito. Foi o
orgulho que transformou anjos em demônios, mas é a humildade que faz, de
homens, anjos! Associamos a humildade à pobreza material, entretanto a humildade
tem haver com a ausência de orgulho: conceito elevado ou exagerado de si
próprio; amor-próprio demasiado; soberba, altivez. A humildade é vivida diante
de Deus, mas também diante dos homens. Não há um humilde diante de Deus e
orgulhoso diante dos homens.
Jer
9.23-24 não se glorie o sábio na sua sabedoria, o forte na sua força, o rico
nas suas riquezas, o espiritual na sua espiritualidade, o bonito na sua beleza,
o dotado nos seus dons, o pregador na sua eloqüência, o líder no seu cargo, o
professor nos seus conhecimentos, o membro da igreja na sua antiguidade.
Temos
muita coisa com que nos orgulhar (fazemos o que fazemos com perfeição, temos um
nome, temos recursos materiais), corremos o grande risco de esquecer a
humildade e praticarmos um narcisismo espiritual.
Assim
como Jesus não pode fazer muitos milagres em Nazaré por causa da incredulidade
dos seus conterrâneos, Deus espera de nós a humildade para continuar a Sua obra
de restauração.
II) A
PORTA DA ORAÇÃO
Deus
espera de nós que busquemos a sua face de tal modo que possamos participar
ativamente do processo de restauração que Ele quer realizar.
III) A
PORTA DA SANTIFICAÇÃO
O
autor da carta aos Hebreus (12.14) apresenta a questão em termos absolutamente
radicais: sem a santidade, ninguém verá o Senhor! Há inimigos da santidade:
a)
INDIFERENÇA.
Há aqueles que vivem uma vida cristã de indiferença, de apatia mesmo, para com a
necessária santidade. São crentes que vivem acomodados aos padrões do mundo (Rm
12.1-2), reproduzindo em suas vidas o estilo da sociedade sem Deus. Negociam
como o mundo, falam como o mundo, vestem-se como o mundo, vivem a experiência
familiar como o mundo, amam como o mundo, reagem como o mundo etc...
b)
PASSIVIDADE.
Estes ensinam uma espécie de irresponsabilidade hagiológica (do grego hagios =
santo). A idéia, aparentemente piedosa, de que a Graça de Deus faz tudo e nós
não precisamos fazer absolutamente nada, está em contramão com o ensino bíblico
e milita contra a santidade. A Bíblia de fato ensina que a regeneração é tão
somente pela graça de Deus, mas nunca que a santidade é meramente resultado de
cruzar os braços e deixar-se santificar. Vida cristã é descrita como
disciplina, guerra, luta, corrida, esforço que conta certamente com um
comparte: o Espírito Santo, mas também com a ação concreta do homem regenerado!
Quando Paulo diz, Cristo vive em mim, ele explica imediatamente que essa
expressão significa que ele mesmo, Paulo, vivia a sua própria vida pela fé no
Filho de Deus (Gal. 2.20). Fé no sentido da jornada com Deus/Fé que implica em
crença, obediência, confiança, esperança. Fé entrega. Fé que envolve o homem
todo, intelecto, emoção e volição. Esta visão errônea da santificação leva o
crente a passivamente esperar de Deus, o que na verdade Deus espera do crente,
e em conseqüência desastrosa a fugir da santidade.
c)
A AUTONOMIA.
Um terceiro elemento que milita contra a santidade vem a ser exatamente a
tentativa humana de conseguir produzir em sua própria vida, por seus esforços
pessoais, sem a força do Espírito, a santidade que Deus espera. Esta postura é
exatamente o pólo extremo do elemento anterior da passividade. A bíblia mostra
que esta tentativa do homem tentar produzir um santo sem a ação de Deus está
fadada ao fracasso, e foi por isso, mesmo que Jesus morreu. A Santificação só
pode se dar depois de cumpridos três passos: 1) a regeneração através da qual o
domínio do pecado sobre nós é morto 2) a vinda do Espírito Santo em nós que nos
capacita, que nos corrige, que nos disciplina, que nos alerta, que nos ajuda em
nossas fraquezas 3) a disciplina cristã, que ao invés de cruzar os braços,
esforça-se para com os dois elementos anteriores chegar ao alvo da soberana
vocação.
A
santidade é porta dos céus É preciso disposição que vença a apatia e
indiferença, é preciso disposição que vença a passividade, é preciso disposição
que vença a presunção da autonomia. É preciso disposição que vença o orgulho e
a resistência em buscar a Deus. Mas é na consciência dos maus caminhos que
vamos nos dispor à santificação: Quais são os nossos maus caminhos? Quais são
os teus maus caminhos que obstaculizam uma comunhão contínua, incessante,
constante com o Senhor? Nunca houve avivamento sem consciência e confissão de
pecados. Avivamento não vem por estudo apenas, mas, sobretudo por atitudes, daí
a importância da confissão. A Bíblia descreve muitos maus caminhos! Em gálatas
temos uma lista: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e
feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e
inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes (Gal 5.19-21).
a)
O Egocentrismo Temos sido alvo em nossa história de muita contribuição
altruísta. Temos tido dificuldades tremendas de sair de nosso eu, de nosso
mundo e nos perguntamos quando desafiados a investir nos outros: qual o retorno
teremos? Quem recebeu graça tem que oferecer graça! Eu não posso: fui
sustentado no Seminário por uma igreja, fui sustentado no meu doutorado por uma
associação de igrejas.
b)
A maledicência (murmuração e difamação) Há muita prática de maledicência
no meio do povo de Deus. Há maledicência nos lares, há maledicência nas igrejas
do Senhor (gente que vem para a igreja para praticar a murmuração). A
maledicência é pecado grave pois milita contra a comunhão do corpo. Ao murmurar
e difamar o teu irmão, vc está ferindo o corpo de Cristo! Prov. 6.16 Há seis
coisas que o Senhor detesta; sim, há sete que ele abomina: olhos altivos,
língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente; coração que maquina
projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal; testemunha falsa que
profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos. Deus está vendo e
sabe! No contexto do seqüestro de Silvio Santos ouvi pela primeira vez a
expressão fogo amigo. Há muito fogo amigo entre nós! Com uma diferença
ali é resultado de inabilidade, imprudência, aqui de impenitência! Tiago 3.6-18
c) A infidelidade para com o Senhor com
racionalizações, com justificativas, com escusas, com boicotes.
1 comentários:
muito bommmm esse bloggg ,me ajudouuu muito...Deus abencoeee
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