segunda-feira, 19 de março de 2012

UM POUCO SOBRE ISRAEL


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
מְדִינַת יִשְׂרָאֵל (Medīnat Yisrā'el)
دَوْلَةُ إِسْرَائِيلَ (Dawlat Isrā'īl)

Estado de Israel
A bandeira tem ao centro a Estrela de Davi, símbolo do judaísmo.
Emblem of Israel.svg
BandeiraBrasão
Hino nacionalהתקווה (HaTikvá)
"A esperança"
Gentílico: israelense; israelita; israeliano[1]

Localização de Israel

Localização da Israel no Oriente Médio
CapitalJerusalém[nota 1]
31°47′N 35°13′E
Cidade mais populosaJerusalém
Língua oficialHebraico (ou hebreu) eárabe
GovernoRepúblicaparlamentarista
 - PresidenteShimon Peres
 - Primeiro-ministroBenjamin Netanyahu
 - Presidente do ParlamentoReuven Rivlin
 - Presidente do Supremo TribunalDorit Beinisch
Independência 
 - Declaração14 de maio de 1948
iyar 5708 
Área 
 - Total20 770 / 22 072 km²[nota 2] km² (151.º)
 - Água (%)~2
População 
 - Estimativa de 20097 401 400[2][nota 3]hab. (96.º)
 - Censo 19955 548 523 hab. 
 - Densidade324 hab./km² (34.º)
PIB (base PPC)Estimativa de 2011
 - TotalUS$ 235,446 bilhões*USD[3] (50.º)
 - Per capitaUS$ 31 004 USD[3] (28.º)
PIB (nominal)Estimativa de 2011
 - TotalUS$ 245,266 bilhões*USD[3] (41.º)
 - Per capitaUS$ 32 297 USD[3] (27.º)
Indicadores sociais
 - Gini (2008)39,2[4]
 - IDH (2011)0,888 (17.º) – muito elevado[5]
 - Esper. de vida80,7 anos (8.º)
 - Mort. infantil4,7/mil nasc. (20.º)
 - Alfabetização97,1% (56.º)
MoedaNovo shekel (NIS)
Fuso horário(UTC+2)
 - Verão (DST)(UTC+3)
Cód. Internet.il
Cód. telef.+972
Website governamentalwww.gov.il

Mapa de Israel
Israel (em hebraicoיִשְׂרָאֵלYisra'el; em árabeإِسْرَائِيلُIsrā'īl), oficialmente Estado de Israel (em hebraico Loudspeaker.svg? מדינת ישראלtransl. Medīnát Isra'él; em árabeدولة إسرائيل, transl. Dawlát Isrā'īl), é um país da Ásia Ocidental situado na margem oriental do Mar Mediterrâneo. Israel atualmente divide fronteiras, embora parcialmente definidas[nota 4], com o Líbano ao norte, Síria e Jordânia ao leste e Egito no sudoeste.[7] A Cisjordâniae a Faixa de Gaza também são confrontantes. Israel é o único Estado do mundo predominantemente judeu,[8] com uma população de cerca de 7,5 milhões de habitantes, dos quais aproximadamente 5,62 milhões são judeus.[9][10] A maiorminoria étnica do país é o segmento denominado como árabes israelenses, enquanto grupos religiosos minoritários incluem muçulmanoscristãosdrusossamaritanos e outros, a maioria dos quais são encontrados dentro do segmento árabe.
O moderno Estado de Israel tem as suas raízes históricas e religiosas na bíblica Terra de Israel (Eretz Israel), um conceito central para o judaísmo desde os tempos antigos,[11][12][13] e no coração dos antigos reinos de Israel e Judá.[14] Após o nascimento do sionismo político, em 1897, e da Declaração de Balfour, a Liga das Nações concedeu ao Reino Unido o Mandato Britânico da Palestina após a Primeira Guerra Mundial, com a responsabilidade para o estabelecimento de "…tais condições políticas, administrativas e econômicas para garantir o estabelecimento do lar nacional judaico, tal como previsto no preâmbulo e no desenvolvimento de instituições autônomas, e também para a salvaguarda dos direitos civis e religiosos de todos os habitantes da Palestina, sem distinção de raça e de religião… ".[15]
Em novembro de 1947, as Nações Unidas recomendaram a partição da Palestina em um Estado judeu, um Estado árabe e uma administração direta das Nações Unidas sob Jerusalém.[16] A partição foi aceita pelos líderes sionistas, mas rejeitada pelos líderes árabes, o que conduziu à Guerra Civil de 1947-1948. Israel declarou sua independência em 14 de maio de 1948 e Estados árabes vizinhos atacaram o país no dia seguinte. Desde então, Israel travou uma série de guerras com os Estados árabes vizinhos[17] e, como consequência, Israel atualmente controla territórios além daqueles delineados no Armistício israelo-árabe de 1949. Algumas das fronteiras internacionais do país continuam em disputa, mas Israel assinou tratados de paz com o Egito e com a Jordânia e apesar de esforços para resolver o conflito com os palestinos, até agora só se encontrou sucesso limitado.
capital declarada (mas não reconhecida pela comunidade internacional) do país e sede do governo é Jerusalém,[i] que é também a residência do presidente da nação, repartições do governo, suprema corte e o Knesset (parlamento). A Lei Básicaestabelece que "Jerusalém, completa e unida, é a capital de Israel" apesar de aAutoridade Palestina ver Jerusalém Oriental como futura capital da Palestina e asNações Unidas e a maioria dos países não aceitarem a Lei Básica, argumentando que o status final deve esperar futuras negociações entre Israel e a Autoridade Palestina. A maioria dos países mantém sua embaixada em Tel Aviv, principal centro financeiro do país.[4][18]
Israel é um país desenvolvido e uma democracia representativa com sufrágio universal,[4] com um sistema parlamentar.[19][20] O Primeiro-ministro serve comochefe de governo e o Knesset serve como órgão legislativo de Israel. A economia do país, com base no produto interno bruto nominal, em 2008 situou-se entre as 41 maiores do mundo. Israel está em primeiro lugar entre os países do Oriente Médio noÍndice de Desenvolvimento Humano, publicado pela ONU,[21] além de ser considerado pelo FMI uma das 34 economias avançadas do mundo[22] e o país mais avançado da região em termos de regulamentações empresariais e [23] competição econômica.[24]Grupos como a Anistia Internacional e o Human Rights Watch têm sido críticos das políticas de Israel em relação aos palestinos, enquanto o governo dos Estados Unidos[25] e alguns países da Europa, como o Reino Unido e a Alemanha, geralmente apoiam Israel bélica e financeiramente.[26] Em 2010, Israel aderiu a OCDE.[27]


Etimologia

O primeiro registro histórico conhecido do termo Israel surge na Estela de Merenptah, monumento que celebra as vitórias militares do faraóMerenptah, datado do final do século XIII a.C..[28] O nome Israel é o único precedido pelo determinativo para povo, assinalando a sua distinção em relação às populações de cidades-estado presentes na mesma inscrição, o que sugere uma identidade contrastante com a dos seus vizinhos.[29]
É consensual entre os acadêmicos a derivação de Israel a partir de uma forma verbal semita ocidental como śārâ (lutar, prevalecer, reinar [com]), e do elemento teofórico El ("Deus"), o que indicia que a designação poderá ter partido do próprio povo que a usou, podendo-se supor que partilharia uma identidade cultural e uma noção comum de religiosidade (culto a El), assim como, talvez, uma propensão para a guerra.[30]
A tradição judaica dá o como acrograma hebraico das iniciais dos patriarcas e matriarcas, dos quais se originou o povo de Israel: Isaac eJacó (י), Sara (ש), Rebeca e Raquel (ר), Abraão (א), Lea (ל). A sua etimologia é sugerida na passagem do Gênesis 32:28, na qual Jacó luta contra um anjo de Deus e o vence, após o que recebe de Deus o nome de Israel. O nome conteria, assim, o significado para a realização de um pacto entre Deus e Israel, mantendo a memória e identidade do povo através dos tempos, e definindo as regras de sua relação com o divino.[31]
O atual país foi designado por Medinat Yisrael, ou Estado de Israel, após serem rejeitadas outras propostas como Eretz Israel ("Terra de Israel"), Sião e Judeia.[32] O uso do termo hebraico israeli para se referir a um cidadão de Israel foi decidido pelo governo do país após a independência e anunciado pelo então Ministro das Relações Exteriores de IsraelMoshe Sharett.[33] Em português, os cidadãos de Israel são denominados "israelenses" (no Brasil) ou "israelitas" (em Portugal e nos PALOP).

História

[editar]Raízes históricas

Shalom black.svgEste artigo contém texto em hebraico.
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Arabic albayancalligraphy.svgEste artigo contém texto em árabe, escrito da direita para a esquerda. Sem suporte multilingual apropriado, você veráinterrogações, quadrados ou outros símbolosem vez de letras árabes.
Vista geral de Massada no deserto da Judeia, um símbolo nacional.
história da Antiga Israel abrange o período desde o século XX a.C. até à expulsão e Diáspora do povo judaico noséculo I, na área compreendida entre o Mar Mediterrâneo, o deserto do Sinai, as montanhas do Líbano e o deserto da Judeia. Concentra-se especialmente no estudo do povo judeu neste período, e de forma secundária dos outros povos que com ele conviveram, como os filisteusfeníciosmoabitas,idumeushititasmadianitasamoritas e amonitas. As fontes sobre este período são principalmente a escrita clássica como a Bíblia hebraica ou Tanakh (conhecida pelos cristãos como Antigo Testamento), o Talmude, o livro etíope Kebra Nagast e escritos de Nicolau de Damasco, Artapano de Alexandria, Fílon e Josefo. Outra fonte principal de informação são os achados arqueológicos no EgitoMoabAssíriaou Babilónia, e os vestígios e inscrições no próprio território.
Terra de Israel, conhecida em hebraico como Eretz Israel, é sagrada para o povo judeu desde os tempos bíblicos. De acordo com a Torá, a Terra de Israel foi prometida aos três patriarcas do povo judeu, por Deus, como a sua pátria;[34][35] estudiosos têm colocado este período no início do 2º milênio a.C..[36] A terra de Israel guarda um lugar especial nas obrigações religiosas judaicas, englobando os mais importantes locais do judaísmo (como os restos do Primeiro e Segundo Templos do povo judeu). A partir do século X a.C.[37] uma série de reinos e estados judaicos estabeleceram um controle intermitente sobre a região que durou cerca de 150 anos, para o Reino de Israel, até à sua conquista pelos assírios em 721 a.C., e quatro séculos para o Reino de Judá, até à sua conquista por Nabucodonosor em 586 a.C. e destruição do Templo de Salomão pelos babilónios.[38] Em 140 a.C. a revolta dos Macabeus levou ao estabelecimento do Reino Hasmoneu de Israel, cuja existência enquanto reino independente durou 77 anos, até à conquista de Jerusalém por Pompeu em 63 a.C, altura em que se tornou um reino tributário do Império Romano.[39]
menorá saqueada de Jerusalém, imagem do Arco de Tito.
Uma antiga sinagoga (Kfar Bar'am), abandonada no século XIII d.C.[40][41]
Sob o domínio assírio, babilônico, persagrego, romano, bizantino e (brevemente) sassânido, a presença judaica na região diminuiu por causa de expulsões em massa. Em particular, o fracasso na revolta de Bar Kokhba contra o Império Romano em 132 resultou em uma expulsão dos judeus em larga escala. Durante este tempo os romanos deram o nome de Syria Palæstina à região geográfica, numa tentativa de apagar laços judaicos com a terra. No entanto, a presença judaica na Palestina manteve-se, com o deslocamento de judeus da Judeia para a cidade de Tiberíades, na Galileia.[42] No início do século XII ainda permaneciam cerca de 50 famílias judaicas na cidade.[43] A Mishná e o Talmud de Jerusalém, dois dos textos judaicos mais importantes, foram compostos na região durante esse período. A terra foi conquistada do Império Bizantino em 638durante o período inicial das conquistas muçulmanas. O niqqud hebraico foi inventado em Tiberíades nessa época. A área foi dominada pelos omíadas, depois pelos abássidascruzados, os corésmios e mongóis, antes de se tornar parte do império dos mamelucos (1260-1516) e oImpério Otomano em 1517.[44]
Embora a presença judaica na Palestina tenha sido constante, os judeus que "sempre lá estiveram" reduziam-se à pequena comunidade rural de Peki'in, árabes em tudo excepto na religião.[45] Durante os séculos XII e XIII, houve um pequeno, mas constante movimento de imigrantes judeus para a região, especialmente vindos do Norte de África.[46] Após o Decreto de Alhambra em 1492, muitos judeus expulsos de Espanha partiram para a Terra Santa,[47] embora se tenham fixado nas cidades onde viviam da caridade e do halukka enviado pelos seus pares naDiáspora.[45] Após 1517, sob o domínio Otomano, a região tornou-se uma província esquecida do Império, declinando em população devido à extrema pobreza, impostos exorbitantes, doença e falta de segurança. A população era maioritariamente muçulmana, da qual dez por cento eramcatólicos. Em 1777, judeus europeus começaram a voltar à região, juntando-se à pequena comunidade sefardita local.[48] Por volta de 1800, a população judaica rondaria os três milhares,[45] vivendo sobretudo nas "Quatro Cidades Sagradas", JerusalémHebronSafed e Tiberíades. Despreparados para a rudeza da região, sem conseguir arranjar emprego e impedidos de possuir terras, os judeus europeus viviam na miséria, sobrevivendo, mais uma vez, do halukka.[48]
Já na década de 1850, os judeus chegariam mesmo a constituir pelo menos a metade da população de Safed, Tiberíades e Jerusalém.[49][50]

Quer continuar a ver este assunto entre no site >>> http://pt.wikipedia.org/wiki/Israel#Etimologia

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