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Israel (em
hebraico:
יִשְׂרָאֵל,
Yisra'el; em
árabe:
إِسْرَائِيلُ,
Isrā'īl), oficialmente
Estado de Israel (em
hebraico ? מדינת ישראל,
transl. Medīnát Isra'él; em
árabe:
دولة إسرائيل, transl.
Dawlát Isrā'īl), é um
país da
Ásia Ocidental situado na margem oriental do
Mar Mediterrâneo. Israel atualmente divide fronteiras, embora parcialmente definidas
[nota 4], com o
Líbano ao norte,
Síria e
Jordânia ao leste e
Egito no sudoeste.
[7] A
Cisjordâniae a
Faixa de Gaza também são confrontantes. Israel é o único Estado do mundo predominantemente judeu,
[8] com uma população de cerca de 7,5 milhões de habitantes, dos quais aproximadamente 5,62 milhões são
judeus.
[9][10] A maior
minoria étnica do país é o segmento denominado como
árabes israelenses, enquanto grupos
religiosos minoritários incluem
muçulmanos,
cristãos,
drusos,
samaritanos e outros, a maioria dos quais são encontrados dentro do segmento árabe.
O moderno Estado de Israel tem as suas raízes históricas e religiosas na bíblica
Terra de Israel (
Eretz Israel), um conceito central para o
judaísmo desde os tempos antigos,
[11][12][13] e no coração dos antigos reinos de
Israel e
Judá.
[14] Após o nascimento do
sionismo político, em
1897, e da
Declaração de Balfour, a
Liga das Nações concedeu ao
Reino Unido o
Mandato Britânico da Palestina após a
Primeira Guerra Mundial, com a responsabilidade para o estabelecimento de
"…tais condições políticas, administrativas e econômicas para garantir o estabelecimento do lar nacional judaico, tal como previsto no preâmbulo e no desenvolvimento de instituições autônomas, e também para a salvaguarda dos direitos civis e religiosos de todos os habitantes da Palestina, sem distinção de raça e de religião… ".
[15]
Etimologia
O primeiro registro histórico conhecido do termo
Israel surge na
Estela de Merenptah, monumento que celebra as vitórias militares do faraó
Merenptah, datado do final do
século XIII a.C..
[28] O nome Israel é o único precedido pelo determinativo para povo, assinalando a sua distinção em relação às populações de
cidades-estado presentes na mesma inscrição, o que sugere uma identidade contrastante com a dos seus vizinhos.
[29]
É consensual entre os acadêmicos a derivação de
Israel a partir de uma forma verbal
semita ocidental como
śārâ (lutar, prevalecer, reinar [com]), e do elemento teofórico
El ("Deus"), o que indicia que a designação poderá ter partido do próprio povo que a usou, podendo-se supor que partilharia uma identidade cultural e uma noção comum de religiosidade (culto a
El), assim como, talvez, uma propensão para a guerra.
[30]
A tradição judaica dá o como acrograma hebraico das iniciais dos patriarcas e matriarcas, dos quais se originou o povo de Israel:
Isaac e
Jacó (י),
Sara (ש),
Rebeca e
Raquel (ר),
Abraão (א),
Lea (ל). A sua
etimologia é sugerida na passagem do
Gênesis 32:28, na qual Jacó luta contra um
anjo de Deus e o vence, após o que recebe de Deus o nome de Israel. O nome conteria, assim, o significado para a realização de um pacto entre Deus e Israel, mantendo a memória e identidade do povo através dos tempos, e definindo as regras de sua relação com o divino.
[31]
História
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[editar]Raízes históricas
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A
história da Antiga Israel abrange o período desde o
século XX a.C. até à expulsão e
Diáspora do povo judaico no
século I, na área compreendida entre o Mar Mediterrâneo, o
deserto do Sinai, as montanhas do Líbano e o deserto da Judeia. Concentra-se especialmente no estudo do povo judeu neste período, e de forma secundária dos outros povos que com ele conviveram, como os
filisteus,
fenícios,
moabitas,
idumeus,
hititas,
madianitas,
amoritas e
amonitas. As fontes sobre este período são principalmente a escrita clássica como a
Bíblia hebraica ou
Tanakh (conhecida pelos cristãos como
Antigo Testamento), o
Talmude, o livro etíope
Kebra Nagast e escritos de Nicolau de Damasco, Artapano de Alexandria,
Fílon e
Josefo. Outra fonte principal de informação são os achados
arqueológicos no
Egito,
Moab,
Assíriaou
Babilónia, e os vestígios e inscrições no próprio território.
A
Terra de Israel, conhecida em
hebraico como
Eretz Israel, é sagrada para o povo judeu desde os tempos
bíblicos. De acordo com a
Torá, a Terra de Israel foi prometida aos
três patriarcas do povo judeu, por
Deus, como a sua pátria;
[34][35] estudiosos têm colocado este período no início do 2º milênio a.C..
[36] A terra de Israel guarda um lugar especial nas obrigações religiosas judaicas, englobando os mais importantes locais do judaísmo (como os restos do
Primeiro e
Segundo Templos do povo judeu). A partir do
século X a.C.[37] uma série de reinos e estados judaicos estabeleceram um controle intermitente sobre a região que durou cerca de 150 anos, para o
Reino de Israel, até à sua conquista pelos
assírios em 721 a.C., e quatro séculos para o
Reino de Judá, até à sua conquista por
Nabucodonosor em 586 a.C. e destruição do
Templo de Salomão pelos
babilónios.
[38] Em
140 a.C. a
revolta dos Macabeus levou ao estabelecimento do
Reino Hasmoneu de Israel, cuja existência enquanto reino independente durou 77 anos, até à conquista de Jerusalém por
Pompeu em 63 a.C, altura em que se tornou um reino tributário do
Império Romano.
[39]
Sob o domínio assírio, babilônico,
persa,
grego, romano,
bizantino e (brevemente)
sassânido, a presença judaica na região diminuiu por causa de expulsões em massa. Em particular, o fracasso na
revolta de Bar Kokhba contra o
Império Romano em
132 resultou em uma expulsão dos judeus em larga escala. Durante este tempo os romanos deram o nome de
Syria Palæstina à região geográfica, numa tentativa de apagar laços judaicos com a terra. No entanto, a presença judaica na Palestina manteve-se, com o deslocamento de judeus da
Judeia para a cidade de
Tiberíades, na
Galileia.
[42] No início do
século XII ainda permaneciam cerca de 50 famílias judaicas na cidade.
[43] A
Mishná e o
Talmud de Jerusalém, dois dos textos judaicos mais importantes, foram compostos na região durante esse período. A terra foi conquistada do
Império Bizantino em
638durante o período inicial das conquistas
muçulmanas. O
niqqud hebraico foi inventado em Tiberíades nessa época. A área foi dominada pelos
omíadas, depois pelos
abássidas,
cruzados, os
corésmios e
mongóis, antes de se tornar parte do império dos
mamelucos (
1260-
1516) e o
Império Otomano em
1517.
[44]
Embora a presença judaica na Palestina tenha sido constante, os judeus que "sempre lá estiveram" reduziam-se à pequena comunidade rural de
Peki'in, árabes em tudo excepto na religião.
[45] Durante os séculos XII e XIII, houve um pequeno, mas constante movimento de imigrantes judeus para a região, especialmente vindos do Norte de África.
[46] Após o
Decreto de Alhambra em 1492, muitos judeus expulsos de Espanha partiram para a
Terra Santa,
[47] embora se tenham fixado nas cidades onde viviam da caridade e do
halukka enviado pelos seus pares na
Diáspora.
[45] Após
1517, sob o domínio
Otomano, a região tornou-se uma província esquecida do Império, declinando em população devido à extrema pobreza, impostos exorbitantes, doença e falta de segurança. A população era maioritariamente
muçulmana, da qual dez por cento eram
católicos. Em 1777, judeus europeus começaram a voltar à região, juntando-se à pequena comunidade
sefardita local.
[48] Por volta de 1800, a população judaica rondaria os três milhares,
[45] vivendo sobretudo nas "
Quatro Cidades Sagradas",
Jerusalém,
Hebron,
Safed e
Tiberíades. Despreparados para a rudeza da região, sem conseguir arranjar emprego e impedidos de possuir terras, os judeus europeus viviam na miséria, sobrevivendo, mais uma vez, do
halukka.
[48]
Já na
década de 1850, os judeus chegariam mesmo a constituir pelo menos a metade da população de Safed, Tiberíades e Jerusalém.
[49][50]
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